O cineasta e documentarista John Wilson, famoso pela série How To with John Wilson, está por trás de uma nova iniciativa cultural no Queens: a criação do Low Cinema. Essa novidade reforça ainda mais o universo criativo que define o estilo de John Wilson no cinema, agora indo além das telas da HBO para um espaço físico dedicado à sétima arte.
Um cinema com alma nova-iorquina
A ideia surgiu após Wilson tentar resgatar objetos de um antigo cinema de Ridgewood que seria transformado em academia. Sem sucesso nessa primeira tentativa, ele começou a reunir peças de outros espaços desativados — de placas de drive-ins a fotografias temáticas — transformando seu apartamento em um depósito improvisado. Foi aí que nasceu a ideia: por que não montar um cinema que unisse todas essas relíquias?
O Low Cinema: um projeto pessoal com espírito coletivo
Mesmo com o cenário desfavorável para o setor — milhares de salas de cinema nos EUA fecharam pós-pandemia —, John Wilson apostou no cinema como experiência comunitária. Com amigos, ele alugou um galpão simples no bairro de Ridgewood por US$ 2.500 mensais e iniciou a transformação do local em uma sala de exibição com capacidade para cerca de 50 pessoas.
Além da proposta intimista, o Low Cinema vai exibir filmes em 16 mm e cópias digitais raras, incluindo produções que foram exibidas apenas em instituições como prisões ou bases militares. O espaço traz um ar retrô: carpete de cinema clássico, balcão de snacks com acabamento em tijolinhos falsos e até uma luminária vintage da Diet Rite Cola, comprada por Wilson em um marketplace online.
John Wilson cinema: muito mais que entretenimento
O nome “Low Cinema” brinca com a simplicidade do espaço e faz alusão aos tradicionais “Loews Cinemas”, criados por um jovem do Lower East Side. Apesar de ser o idealizador, John Wilson não quer ser o protagonista do cinema. Ele prefere manter o foco no público e nos filmes, e espera que o local se torne um ponto de encontro para quem ama cinema de verdade.
Com o Low Cinema, Wilson não só amplia sua presença no universo cultural como também fortalece a relação entre arte, memória e comunidade. Um verdadeiro presente para Nova York — e para todos que acreditam no poder do cinema como experiência coletiva.
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