House of the Dragon, Episódio 3: As 5 Piores Pessoas de Westeros

House Of The Dragon

Os nobres grosseiros da Casa do Dragão estão ansiosos para exibir suas armas letais, sem se importar com as consequências de seus atos. Após cada episódio de House of the Dragon, os escritores do Slate se reúnem para responder a uma pergunta crucial: Quem é a pior pessoa de Westeros? Esta semana, a editora sênior Jenny G. Zhang e a colunista de livros e cultura Laura Miller se unem para atender a essa chamada.

A série “House of the Dragon” continua a fascinar e chocar os espectadores com suas narrativas intrincadas, personagens complexos e cenas viscerais de batalhas e traições. Com cada episódio, os fãs da franquia são transportados para o turbulento reino de Westeros, onde a luta pelo poder e a sobrevivência desencadeia uma guerra civil conhecida como a Dança dos Dragões. Esta guerra, travada entre facções rivais da Casa Targaryen, não só provoca uma divisão mortal entre os nobres, mas também impõe um terrível custo aos plebeus. Em meio a alianças instáveis, traições e batalhas épicas, uma pergunta crucial se destaca: quem é a pior pessoa de Westeros?

Debate Inicial

Jenny G. Zhang: Olá, Laura! Estou ansiosa para estrear minha participação no Pior de Westeros com você. Na semana passada, nossos colegas escolheram Sor Criston Cole como o pior após ele enviar um dos gêmeos Cargyll dos Greens para o túmulo. O episódio desta semana começa com membros das casas Brackens e Blackwoods em uma briga, continuando uma rixa antiga durante a Dança dos Dragões.

O cenário inicial lembra uma preparação para um musical entre duas gangues rivais, mas rapidamente se transforma em uma cena de corpos espalhados no campo de batalha. É um lembrete claro dos custos terríveis desta guerra civil, especialmente para os plebeus. Estou pronta para declarar alguém – qualquer um! – o pior por isso. E você, Laura?

Reflexão Sobre o Episódio

Laura Miller: Este episódio é complicado para escolher a Pior Pessoa de Westeros porque muitas ações são voltadas para evitar a guerra. Rhaenys e Rhaenyra estão tentando impedir desastres. Ninguém fez algo especialmente terrível, mas a cena inicial lembra que, se você der armas letais a jovens, eles vão querer usá-las. A cena de Aegon se preparando para voar atrás de Criston Cole, mas sendo convencido por Larys Strong a desistir, é significativa.

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Aegon é sempre desprezível, mas neste episódio, ele parece uma criança de 5 anos, incapaz de entender as consequências de suas ações. Zhang: Sim, Aegon mostrou uma nova dimensão ao seu caráter lamentável, mas ele não é o único responsável pelo aumento do conflito. Como Rhaenys aponta, o ciclo de vingança e retaliação não terminará a menos que alguém o pare. Criston Cole é um exemplo principal dessa mentalidade, justificando seus atos de guerra com a lógica de “o outro lado fará primeiro”.

Criston Cole e Alicent

Zhang: Criston Cole mudou rapidamente sua deferência para com Alicent agora que ele é a Mão do Rei. Podemos falar sobre isso?

Laura Miller: Criston é enigmático. Ele tem algum senso de honra, mas é profundamente bravo e incapaz de demonstrá-lo. Ele guarda rancor contra Rhaenyra por ela não abandonar o trono por ele. Isso se transformou em vingança. Ele mandou os gêmeos Cargyll para a morte por se sentir culpado por um garotinho ter sido assassinado sob sua supervisão enquanto ele estava com a avó da criança.

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Criston tem problemas com mulheres exercendo poder. Mas, por causa da diferença de classe entre ele e os outros jogadores neste drama, ele raramente fala o que pensa. Zhang: Ele provavelmente tem fantasias sobre Alicent agora. Ele espera manter um relacionamento real com ela fora do segredo do quarto. Ele é tradicional e ainda carrega noções de romance que foram distorcidas. Ele pensa que pode obter o desejo do seu coração subindo de posição e provando ser dominante.

Aegon e a Guerra

Miller: Vamos falar sobre Aegon. Ele não tem ideia do que está fazendo, mas genuinamente amava seu filho. Foi triste vê-lo sofrer sozinho no último episódio. Zhang: Aegon está na lista de potenciais piores pessoas como parte do coletivo que permite o aumento do conflito. Mas é difícil atribuir tudo a uma pessoa. Como Rhaenys aponta, o ciclo de vingança e retaliação não acabará a menos que eles terminem com isso.

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A Dinâmica Entre Daemon e Rhaenyra

Miller: Vamos falar sobre Daemon, que fugiu para Harrenhal após uma briga com sua esposa. Ele deveria estar reunindo forças lá, mas o lugar está um desastre. Daemon sempre pareceu a pior pessoa em Westeros, mas pelo menos ele está mostrando algum sinal de consciência. Zhang: Há um debate sobre se Daemon realmente ama Rhaenyra ou está apenas usando-a. Na primeira temporada, ele a ameaçou fisicamente. Mas ele comete vingança por ela e mata por ela. Esses sonhos em Harrenhal adicionam dimensão ao seu personagem. Ele está se sentindo culpado por seu papel em estragar as coisas para Rhaenyra.

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Alicent e a Tentativa de Paz

Zhang: Rhaenyra se disfarça de septã e entra furtivamente em Porto Real para tentar convencer Alicent a pôr fim à guerra. Mas o trem já saiu da estação. Embora as mulheres queiram paz, isso está fora de seu controle. A conversa entre Rhaenyra e Alicent toca no espinho que ainda existe entre elas: o sentimento de Rhaenyra de que Alicent usurpou o trono e mentiu sobre os desejos de sucessão de Viserys. A recusa de Alicent em voltar atrás com Aegon é suficiente para torná-la uma candidata ao Pior de Westeros?

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conclusão sobre House of the Dragon, episódio 3

Conforme nos aprofundamos na complexa tapeçaria de traições, alianças e batalhas épicas que compõem House of the Dragon, fica claro que Westeros é um reino onde o poder e a ambição frequentemente sobrepõem a moralidade e a justiça. Cada episódio revela novas camadas de intriga e personagens cujas ações têm consequências devastadoras para todos ao seu redor. No episódio desta semana, a brutalidade da guerra civil e os atos dos personagens centrais nos deixaram com muitas reflexões sobre quem realmente merece o título de “Pior Pessoa de Westeros”.

Os desdobramentos desta semana em House of the Dragon destacam a futilidade da vingança e a incessante escalada de violência que permeia o conflito entre as facções rivais. Os Brackens e Blackwoods, por exemplo, personificam as rivalidades arraigadas que são exacerbadas pela Dança dos Dragões. A cena inicial do episódio, que termina em uma carnificina brutal, é um lembrete contundente de que, em Westeros, as disputas de poder frequentemente resultam em sofrimento e destruição indiscriminada.

Os esforços de personagens como Rhaenyra e Rhaenys para evitar a guerra são louváveis, mas, como o episódio demonstra, muitas vezes são impotentes diante das maquinações dos homens ao seu redor. Aegon, manipulável e infantil em sua abordagem ao poder, é um exemplo claro de como a falta de liderança sólida pode perpetuar o ciclo de violência. Criston Cole, com sua mistura de honra distorcida e ódio por Rhaenyra, mostra como a obsessão pessoal pode alimentar ações destrutivas e intransigentes.

O papel de Daemon em House of the Dragon, assombrado por sua culpa e remorso, adiciona uma dimensão trágica à narrativa. Sua presença em Harrenhal, um lugar carregado de história e assombrações, simboliza o peso das ações passadas e a dificuldade de escapar de seus próprios demônios. Sua luta interna e o reconhecimento tardio de suas falhas oferecem uma reflexão sobre a possibilidade de redenção, mesmo para aqueles que cometeram atos atrozes.

O encontro entre Rhaenyra e Alicent em Porto Real é um dos momentos mais reveladores do episódio. A tentativa de Rhaenyra de convencer Alicent a pôr fim ao conflito ressalta a desesperança das mulheres em um mundo dominado por ambições masculinas. A recusa de Alicent em recuar, apesar de suas próprias dúvidas, evidencia as complexidades das lealdades e as profundas divisões que definem a guerra civil em House of the Dragon.

Ao final deste episódio de House of the Dragon, fica claro que determinar a “Pior Pessoa de Westeros” não é uma tarefa simples. Cada personagem, com suas motivações e ações, contribui de maneiras distintas para a escalada do conflito. A guerra, com suas raízes em vinganças pessoais e ambições desmedidas, reflete a natureza implacável de Westeros. No entanto, a análise perspicaz de Jenny G. Zhang e Laura Miller nos ajuda a entender as nuances e as camadas de moralidade que tornam esta saga tão cativante.

Em última análise do 3º episódio de House of the Dragon, a “Pior Pessoa de Westeros” é um título que poderia ser atribuído a muitos, dependendo da perspectiva e das ações avaliadas. O ciclo de violência e retaliação parece interminável, e cada ato vil alimenta o próximo. Enquanto os espectadores aguardam os próximos episódios, resta-nos refletir sobre as lições sombrias que House of the Dragon nos ensina sobre poder, ambição e as consequências inevitáveis de uma guerra sem fim.