Por muito tempo, a imagem do campo foi associada quase exclusivamente à figura masculina. No entanto, essa realidade está mudando – e de forma significativa. Cada vez mais mulheres estão assumindo papéis de liderança, gestão e inovação no setor agrícola. O empoderamento feminino na agricultura não é apenas uma questão de equidade; é uma revolução silenciosa que está redesenhando os rumos do agronegócio brasileiro.
Segundo dados do Censo Agropecuário 2017 do IBGE, as mulheres já representam cerca de 19% dos produtores rurais no Brasil, o que equivale a mais de 947 mil propriedades administradas por elas. Mas esses números, apesar de expressivos, ainda não refletem todo o impacto feminino no campo. Muitas atuam como co-gestoras, lideram iniciativas comunitárias, empreendem na agroindústria e promovem sustentabilidade nas práticas agrícolas.
Quebrando barreiras e cultivando oportunidades
A presença feminina na agricultura enfrenta desafios históricos, como a falta de acesso a crédito rural, a invisibilidade estatística e a desvalorização do trabalho da mulher no campo. Apesar disso, elas têm rompido barreiras com coragem, resiliência e inovação.
Exemplo disso é o crescimento das associações e cooperativas lideradas por mulheres, que além de fortalecerem a economia local, também promovem inclusão social e independência financeira. Programas como o Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos, da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), destacam a importância da participação feminina para a erradicação da pobreza rural e segurança alimentar.
“O protagonismo feminino no campo não é apenas uma questão de justiça, mas de eficiência econômica e sustentabilidade”, afirma a pesquisadora da Embrapa, Silvia Massruhá, primeira mulher a ocupar a presidência da instituição.
Mulheres que inspiram
Histórias inspiradoras não faltam. Como a de Maria Odete da Silva, agricultora familiar do interior do Maranhão, que fundou uma cooperativa com outras 20 mulheres da comunidade para comercializar produtos orgânicos. Ou ainda a engenheira agrônoma Fernanda Lemos, que desenvolveu um aplicativo para auxiliar produtoras rurais na gestão financeira de suas propriedades.
Essas iniciativas têm gerado impactos reais: aumento da renda familiar, maior participação em decisões políticas locais e incentivo à permanência de jovens mulheres no campo.

Educação, tecnologia e liderança
Outro pilar fundamental do empoderamento feminino na agricultura é o acesso à educação e à tecnologia. Universidades e escolas técnicas têm registrado crescimento na matrícula de mulheres em cursos ligados ao setor agropecuário. Além disso, a inclusão digital tem aproximado produtoras de soluções tecnológicas, como plataformas de gestão rural, agricultura de precisão e canais de comercialização online.
Empresas do agronegócio também estão despertando para essa transformação. Iniciativas como o programa “Agro Elas”, da Bayer, e “Mulheres do Agro”, da Corteva, promovem mentorias, capacitação e protagonismo feminino em cadeias produtivas diversas.
O futuro do campo é feminino (e sustentável)
A presença ativa das mulheres na agricultura está diretamente ligada à promoção de práticas mais sustentáveis, justas e colaborativas. Estudos indicam que propriedades geridas por mulheres tendem a adotar melhores práticas ambientais, investir mais em educação dos filhos e estimular o associativismo.
A ONU Mulheres reforça que aumentar o acesso de mulheres à terra, à informação e a insumos agrícolas pode elevar a produção agrícola nos países em desenvolvimento em até 30%, reduzindo significativamente a fome global.
Como apoiar o empoderamento feminino no campo?
Se você deseja contribuir com esse movimento, aqui vão algumas ações práticas:
- Valorize produtos de origem feminina: procure feiras, cooperativas e marcas lideradas por mulheres.
- Compartilhe histórias inspiradoras: ajude a dar visibilidade ao trabalho das mulheres do campo.
- Apoie políticas públicas inclusivas: pressione por mais acesso a crédito, terra e capacitação.
- Invista em educação: incentive meninas e jovens a explorarem carreiras no setor agrícola.

Conclusão
O empoderamento feminino na agricultura é uma semente fértil que precisa ser regada com oportunidades, reconhecimento e igualdade. As mulheres do campo não estão apenas produzindo alimentos; estão produzindo futuro.
O caminho ainda é longo, mas com cada passo dado por essas mulheres incríveis – e com o apoio de toda a sociedade –, o campo floresce mais justo, inovador e inclusivo.
Qual é a participação das mulheres na agricultura brasileira atualmente?
As mulheres dirigem quase um milhão de estabelecimentos rurais no país, representando 18,71% do total, de acordo com dados do Observatório das Mulheres Rurais. Esse número mostra um aumento significativo em comparação a anos anteriores.
Quais são os principais desafios enfrentados pelas mulheres no agronegócio?
As mulheres no agronegócio enfrentam desafios como acesso limitado a crédito e recursos financeiros, sub-representação em posições de liderança e dificuldades no acesso a tecnologias e capacitações específicas. Além disso, questões culturais e sociais podem restringir sua participação plena no setor.
Existem programas governamentais que apoiam o empoderamento feminino no campo?
Sim, o governo brasileiro implementou programas como o Programa Nacional de Cidadania e Bem Viver para Mulheres Rurais, que visa garantir acesso à documentação, titulação de terras e promover a autonomia econômica das mulheres rurais.
Como a presença feminina impacta a produtividade agrícola?
Estudos indicam que o empoderamento feminino na agricultura pode aumentar a produção agrícola em até 30%, contribuindo significativamente para a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável.
Quais setores da agricultura têm maior presença feminina?
As mulheres estão fortemente presentes na agricultura familiar, especialmente no cultivo de hortaliças, frutas e na criação de pequenos animais. Elas desempenham papéis essenciais desde o plantio até a comercialização dos produtos.
Como as mulheres rurais contribuem para a economia local?
As mulheres rurais são responsáveis por 43% da renda de suas famílias, evidenciando sua significativa contribuição para a economia local e o sustento familiar.
Existem iniciativas que promovem a saúde das mulheres no campo?
Sim, programas como o Saúde da Mulher Rural, promovido pelo Senar, oferecem ações focadas em educação em saúde, prevenção de doenças e promoção do bem-estar das agricultoras.
Como a tecnologia tem auxiliado as mulheres na agricultura?
A tecnologia tem sido uma aliada importante, oferecendo ferramentas que facilitam a gestão agrícola, acesso a mercados e informações técnicas, permitindo que as mulheres aumentem a eficiência e sustentabilidade de suas atividades.
Quais são as perspectivas futuras para as mulheres no agronegócio?
As perspectivas são promissoras, com um aumento contínuo da participação feminina em diversas áreas do agronegócio, maior reconhecimento de seu papel e expansão de políticas públicas e iniciativas privadas que visam fortalecer sua atuação no setor.
Como posso apoiar o empoderamento feminino na agricultura?
Você pode apoiar comprando produtos de cooperativas lideradas por mulheres, divulgando iniciativas femininas no campo, incentivando políticas públicas inclusivas e promovendo a igualdade de gênero em todas as esferas da sociedade.

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